Entendendo o Transtorno de Processamento Sensorial em Crianças e Adolescentes

O transtorno de processamento sensorial é um tema que ainda provoca discussões no meio científico, mas que já é amplamente reconhecido na prática clínica, especialmente no atendimento a crianças e adolescentes. Esse transtorno refere-se a dificuldades em receber, interpretar e responder adequadamente a estímulos sensoriais do ambiente. Crianças e adolescentes que sofrem com esse transtorno podem apresentar reações inesperadas a sons, toques, sabores e outros tipos de estímulos, o que pode comprometer diversas áreas da vida. Os sinais do transtorno de processamento sensorial podem variar significativamente entre os indivíduos. Algumas crianças podem se mostrar hipersensíveis a estímulos, como barulhos altos ou roupas com texturas irritantes, levando a reações de estresse ou desconforto. Outras, em contrapartida, podem ser hipossensíveis e buscar estímulos mais intensos para se sentirem confortáveis e equilibrados. Esse comportamento pode incluir atividades que envolvem movimento excessivo, como balançar ou girar o corpo, além de uma busca constante por texturas ou experiências táteis. O reconhecimento precoce do transtorno de processamento sensorial é crucial para garantir que as crianças e adolescentes recebam o suporte necessário. Profissionais da saúde, como terapeutas ocupacionais e psicólogos, podem ajudar a diagnosticar e desenvolver intervenções. O tratamento pode incluir sessões de terapia ocupacional focadas em integrar e organizar as experiências sensoriais, além de proporcionar um ambiente seguro e adaptado às necessidades da criança. É importante lembrar que, embora as discussões científicas sobre o transtorno ainda estejam em andamento, sua visibilidade na prática clínica é um passo vital para oferecer a atenção devida a esses jovens.

5/17/20251 min ler